Os custos de transporte por ônibus, assim como integração com outros modais paga pelo usuário final, não cobrem todos os gastos necessários para a operação de transporte. Por isso é tão importante falar sobre gestão de custos neste setor. O Poder Público no Brasil é o responsável pela determinação e reajuste da chamada tarifa pública - aquela paga pelo cidadão ao utilizar o sistema de transporte coletivo público, qualquer que seja. Nesse sentido, sabemos que o transporte público sobre pneus é realizado por empresas privadas, que disputam mediante licitação as linhas e trajetos estipulados pela prefeitura, por meio de sua Secretaria de Mobilidade.
Como funciona o processo de licitação?
A licitante vencedora assume algumas responsabilidades básicas pelo serviço, como por exemplo:
Em contrapartida, para suprir os custos operacionais, a prefeitura de sua cidade se compromete a arcar os valores excedentes. Estes valores são supridos pelos seguintes meios:
Dados operacionais na gestão de frota
Os custos no transporte público por ônibus, em linhas gerais, têm a ver com todas as despesas fixas e variáveis oneradas em toda empresa de transporte, que possibilita a sua operação comercial trivial.
Segundo o relatório “Custos dos Serviços de Transporte Público Por Ônibus”, publicado em 2017 pela Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), existem diversos custos fixos e variáveis que dão o norteamento para o preço da tarifa no Brasil.
1. Passageiro
2. Quilometragem programada (KP)
Embora os custos no transporte por ônibus sejam divididos entre os passageiros, o número total de pessoas transportadas não corresponde ao número de passageiros pagantes. Isto é, existem usuários que têm direito à gratuidade ou meia tarifa no transporte (idosos, pessoas com deficiência e estudantes de baixa renda, etc.)
Portanto é importante observar entre os passageiros qual a quantidade de passageiros transportados (PT) e dentre esses quais são os passageiros que de fato contribuem para os gastos da empresa de transportes, sendo esses chamados de “passageiros equivalentes” (PE).
Sendo assim, identificando o número de passageiros equivalentes, o gestor consegue também identificar a média aritmética para o período analisado.
Para se ter melhor controle sobre os custos de transporte por ônibus, é necessário também conhecer a quilometragem programada para a frota em determinado período de tempo. Isto é, a projeção da quilometragem corrobora com futuras análises de rendimento e performance da empresa.
A quilometragem mensal é calculada multiplicando-se a extensão por linha, pelo número de viagens programadas. Entretanto, é preciso atentar-se ao número de dias úteis, feriados e domingos, quando o número de passageiros é expressivamente diferente.
Ao chegar a esse resultado, deve-se somar ainda a “quilometragem improdutiva”, como é chamada a quilometragem percorrida sem o transporte de passageiros. Porém, caso as viagens sejam computadas considerando ida e volta, a extensão da linha precisa necessariamente ser a soma dos percursos em ambos os sentidos.